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O Crédito de Carbono, ou Redução Certificada de Emissões (RCE) é um certificado emitido por uma pessoa física, jurídica ou governamental, que reduziu sua emissão de gases de efeito estufa (GEE), o desenvolvimento deste mecanismo nasceu em 1997, a partir do protocolo de Kyoto. Um dos mecanismos é a adoção de um Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). Outro mecanismo é o REDD (em inglês Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation; em português, "Redução de emissões decorrentes do desmatamento e da degradação de florestas") foi um mecanismo para a incentivar a conservação de florestas, reduzindo a degradação e desmatamento. A partir da COP-26, foi debatido a criação do J-REED (REDD+ jurisdicional), ou seja, projetos que estão sob a jurisdição de entidades governamentais.
No caso do "ACS", os créditos de carbono são advindos do programa do Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais – SISA, Lei 2.308/2010, com foco em reduzir o desmatamento no estado do Acre, sendo assim um programa J-REDD+. Este programa foi financiado pelo KFW – Banco alemão de desenvolvimento – com o seu Programa REDD “Early Movers”, sendo que já contabiliza mais de 20 milhões de toneladas de dióxido de carbono compensadas. O Crédito de Carbono é uma unidade de medida que tem uma relação de 1 crédito é igual a 1 tonelada de CO2 removido em um determinado ano. Todos os créditos são auditados por instituições internacionais, registradas nas plataformas destes organismos seguindo rígidos protocolos.
O mercado de carbono surgiu a partir da ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, Brasil, no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC, em inglês). O Brasil foi o primeiro país a aderir a este tratado que estabeleceu que os 150 países signatários deveriam limitar ou reduzir suas emissões de gases poluentes, com isso a redução das emissões passou a gerar valor econômico para os países. Foi nesta convenção que se estabeleceu que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono, que pode ser negociado no mercado internacional. Posteriormente em 2007, o Protocolo de Kyoto consolidou as regras e metodologias e no Acordo de Paris, em 2015, o mercado de carbono ganhou mais força, pois as nações signatárias decidiram agir em conjunto para combater o aquecimento global, com o estabelecimento de metas ambiciosas. Atualmente são 194 países que assinaram os acordos. No Brasil, estima-se que o valor do mercado de carbono seja entre 13 a 48 bilhões de dólares até 2030, especialmente em projetos REED+.
A criação dos mercados de carbono tem como objetivo permitir que as pessoas ou organizações neutralizem ou compensem suas emissões de gases de efeito estufa comprando créditos de carbono gerados por projetos de sequestro de GEEs, sejam eles de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) ou REED+.
Atualmente um dos desafios neste mercado é realizar a conexão entre o geradores de créditos, às entidades de verificação e controle e uma pessoa ou pequena empresa que deseja compensar um pequeno volume de emissões. O ACS Token foi criado exatamente para ser esta plataforma tecnológica que garantirá a rastreabilidade e confiabilidade neste processo.
Todas as atividades humanas causam algum impacto no meio ambiente. Entretanto, a partir do século XVIII, a Revolução Industrial que aconteceu tendo como base combustíveis fósseis (carvão e petróleo), as emissões de GEE aumentaram exponencialmente, ao ponto de no final do século XX, se verificar cientificamente que os padrões climáticos estavam sendo modificados por consequência do acúmulo destes GEE na atmosfera. Houveram também outros impactos como o aumento das atividades industriais, usos do solo de modo não sustentável, despejo de poluentes nos rios, lagos e mares, desmatamentos, entre outros impactos.
Além destes impactos, toda a estrutura sociedade humana será fortemente impactada com as mudanças climáticas, tais como: O aumento do nível do mar devido ao degelo dos pólos, causado a inundação das cidades costeiras e a subsequente migração em massa dessas populações; A desertificação de áreas agricultáveis com a redução da oferta de alimentos; Eventos climáticos extremos como furacões, tempestades, ou secas prolongadas; entre inúmeros outros.
Portanto, a democratização do acesso aos mecanismos de compensação e o estabelecimento de uma estrutura robusta de pagamento por serviços ambientais se transformou em uma ação urgente para todos.
Nesse contexto o crédito de carbono "ACS" tem o propósito de democratizar o acesso aos mecanismos de compensação e viabilizar um robusto programa de pagamento por serviços ambientais para os moradores do Estado do Acre.